sábado, 1 de junho de 2013

Encontro com Cyclopea


Em 04-10-2003
Local: Sítio de Zaratustra
Hora: 10:00
Lua: Crescente

Cyclopea é o Elohim do quinto raio ( o raio verde ) da cura, da verdade, da justiça e da abundância de Deus.
            Assiste a humanidade e as formas elementais de vida a precipitarem o Espírito de Deus na forma.
            Tem seu registro etérico sobre as montanhas ALTAI  perto de TABUN BOGDO na fronteira da China, Sibéria e Mongólia.
            Neste dia 04 de outubro, se festeja a data de São Francisco de Assis que ocasionalmente coincidiu com o dia marcado para este encontro com Cyclopea.
                      Dez banquinhos rústicos de madeira foram montados e pintados nas cores azul, amarelo, branco e verde, para maior comodidade no percurso das mandalas. Duas cadeiras de plástico branco, completavam o número 12.
            O chamado dos mestres, seria feito na Sala ( primeira mandala ) nas oito outras mandalas, seriam decretados o Decreto a Cyclopea, sem o preâmbulo por 16 vezes somando as 9 x 16 teríamos o total de 144 vezes.

A sala ficou lotada, 36 ficaram na sala, e, 12 na ante-sala e janela. As procedências se misturavam, os que vieram de Dourados, com os de Porto Alegre, São Leopoldo, Nova Petrópolis, Estância Velha, Canoas, Osório, enfim de todos os lugares.
            Na estrela de cinco pontas se formou um circulo.
            As hierarquias dos cinco livros do Pentateuco de Moises estavam presentes, uma catedral foi visualizada.
            O decreto 5.05, do Elohim Cyclopea, expandia sua chama verde para todo o planeta, sistema solar e para a galáxia. As energias negativas se afastavam devoradas pela vibração emitida.
            As nuvens que cobriam o sol e ameaçavam chuva se afastaram a temperatura ficou agradável e todos faziam cada um a sua parte, emprestando ou contribuindo com sua energia, que se multiplicava.
            O Grande Diretor Divino, Sanat Kumara, Deusa Kali, Elohim Cyclopea, Mestre Lanello, todo o espírito da Grande Fraternidade Branca a mãe do mundo, a vida elemental dos reinos da terra, do ar, da água e do fogo, os seres de Aykos com Jasmine e Eleanor, com seus cães e loba, os seres de Hercules, os Seres de Vênus, os anjos que guarnecem o Sítio.
            Todos estavam possuídos de grande alegria.
            Com sua vibração chegamos ao ponto da TRANSFIGURAÇÃO, este é o momento em que trocamos as nossas roupas, a partir deste ato somos envolvidos pelo esplendor de um novo dia.

No Relógio Cósmico

            Os 12 signos estão dentro das horas do Relógio, que formam um circulo. Cada participante se postou fora do circulo, em frente ao número de seu signo e hora.
            Começando pelo número, onde esta marcado as 12 horas que é o signo de capricórnio do elemento terra, e que forma o trigono desse elemento, com a linha quatro de touro e oito de virgem, aqui ficaram doze dos participantes.
            Os nascidos no signo de capricórnio: Deram proteção, sob o comando do amado Grande Diretor Divino e os Sete Arcanjos.
            Os nascidos no signo de Touro: Receberam a orientação do amado Obediência Divina ( GODFRE )  e os sete Grandes Elohim.
            Os nascidos no signo de Virgem: Colaboraram e deram sua proteção orientados pelo senhor Lanto e os Senhores da Sabedoria.
            Os nascidos no signo de Aquário: Fizeram seu Decreto de proteção, junto com o amado Saint Germain e as hostes angelicais da Luz:
Os nascidos no signo de Gêmeos: Receberam a orientação do amado El-Moria e as legiões de Mercúrio.
Os nascidos no signo da balança: Foram orientados pelo amado Vitória e os Senhores da Individualidade.
Os nascidos no signo de Peixes: Atuaram no serviço de proteção, sob orientação do amado Jesus e as grandes hostes de Mestres Ascensos.
Os nascidos no signo de Câncer: Tiveram a orientação do amado Serapis Bey e os grandes Serafins e Querubins.
            Os nascidos no Signo de Escorpião: Tiveram uma responsabilidade maior, visto que em todas mandalas foi feito o Decreto de Cyclopea.
            Junto com este Elohim atuam os Senhores da Forma.
            Os nascidos no signo de Áries: Marcaram sua presença sob a orientação de Hélios e Vesta e o Magneto do Grande Sol Central.
         Os nascidos no signo de Leão: Receberam a orientação da Amada Deusa da Liberdade e Senhora do Carma.
            Os nascidos no signo de sagitário: Compareceram e atuaram sob a orientação do Sr. Maitreya e os senhores da Mente.
            “AQUI ES TAIS VÓS”
            ACORDEM
            Abram os olhos e vejam a Visão da Perfeição...Sintam o porque estão aqui...
            Aqui estão os olhos de Cyclopea.
            Cada ser cumprindo sua parte dentro de cada triangulo deste Grande Relógio Cósmico.
            Os nascidos na linha 12 do Relógio..do signo de capricórnio...que pertencem ao trigono do elemento terra, vieram em atenção ao mestre desse signo, para deter toda a critica, condenação e julgamento e toda a magia negra e tudo o que não pertence a luz.
            Os nascidos na linha 4 do Relógio...do signo de Touro do trigono do elemento terra vieram até este Sítio de Zaratustra, em Osório RS, neste dia 4 de Outubro...dia de São Francisco de Assis, em resposta ao chamado do Mestre da Obediência Divina, para combater a toda a desobediência, teimosia e desafio contra a lei e tudo o que não pertence a Luz.
            Os nascidos na linha 8 do Relógio...do signo de Virgem...aqui estão em obediência ao chamado do Mestre Lanto, para combater a injustiça, frustração e ansiedade e tudo o que não pertence a Luz.
Estas linhas...12, 4 e 8 do Relógio, formam o triangulo do elemento terra.
            Os nascidos na linha 6 do Relógio...são de Câncer...estão aqui a convite do Mestre Serapis Bey e os Grandes Serafins e Querubins, para combater toda a indecisão autopiedade e autojustificação e tudo que não pertence a Luz
            Os nascidos na linha 10 do Relógio...do signo de Escorpião...vieram com os amados Cyclopea e os Senhores da Forma, para combater todo egocentrismo, egoísmo e idolatria e tudo o que não é da Luz.
            Os nascidos na linha 2 do Relógio...do signo de Peixes vieram com o amado Jesus e as grandes Hostes de Mestres Ascensos, para deter toda a dúvida, medo, interrogações humanas e registros de morte e tudo o que não é da Luz.
            Estas linhas 6 – 10 e 2 do Relógio, formam o triângulo do elemento água.
            Os nascidos na linha 3 do Relógio, do signo de Áries, vieram com o amado Hélios e o Magneto do Grande Sol Central, para combater toda a vaidade, falsidade, arrogância e egoísmo e tudo o que não pertence a Luz.
            Os nascidos na linha 7 do Relógio, do signo de Leão vieram com a amada Deusa da liberdade e senhores do carma, para lutar contra toda ingratidão, irreflexão e cegueira espiritual, e tudo o que não pertence a Luz.
            Os nascidos na linha 11 do Relógio, do signo de Sargitário, vieram com o amado Senhor Maytreya e os Senhores da Mente, para combater todo o ressentimento vingança e retaliaçãoe tudo o que não é da Luz.
            Estas linhas 3 – 7 – e 11 do Relógio, formam o triangulo do elemento fogo.
            Os nascidos na linha 9 do Relógio, do signo da balança vieram com o amado e grande Vitória e os Senhores da Individualidade para combater a desonestidade, intriga e traição e tudo o que não pertence a Luz.
            Os nascidos na linha 1 do Relógio, do signo de Aquário vem com o amado Saint Germain e as hostes angélicas da Luz, para combater todo o ódio vago desagrado e feitiçaria e tudo o que não é da Luz.
            Os nascidos na linha cinco do Relógio, do signo de Gêmeos, vieram com o amado El Morya e as legiões de Mercúrio para lutar contra toda a inveja ciúme e ignorância da Lei e tudo o que não pertence a Luz.
            Esta linhas 9-1-5 do Relógio formam o triângulo do elemento Ar.
            Chegamos ao fim dos Decretos ao amado Cyclopea nesta mandala do Relógio Cósmico, poucos sentiram o porquê estão aqui, alguns já mostravam sinais de cansaço, outros pararam de acompanhar os mantras, pouco se importando que estivessem engajados em um grupo e com isso rompiam a corrente iniciada na sala.
Alguns, pareciam estar no “jardim da infância”, só faziam com a insistência da mãe, um outro quando convidado a acompanhar os decretos, respondeu: “ Como é que vou chamar esse CARA ( Cyclopea ) de amado, se nem sequer o conheço !
            Nessa vibração que mesmo assim era boa chegamos e formamos um circulo no local em que é montada nos solstícios, a mesa dos oito mestres do Conselho do Carma, como se fossemos aqueles seres “Evoluídos” na terra.
            Os mais fracos procuraram um local na sombra como se aquele ato, de pequena duração, fosse uma prova muito severa e desgastante. Foi necessário um esforço maior de alguns, para levar adiante a tarefa junto aos Mestres do Conselho do Karma que são: Deusa da Liberdade, Grande Diretor Divino, Porcia, que é a Deusa da Justiça, Mestra Nada, Palas Athena, que é a Deusa da Verdade, Kuan Yin, Deusa da Misericórdia, o amado Cyclopea e Vairochana.
            Nesta mandala, os discípulos, receberam uma onda energética vinda do alto e que lhes deu forças para dar continuidade ao cumprimento da tarefa de cada ser.
            Chegamos até a mandala dos cinco Budas Diani e de Vajrasatva, tomamos posição cada um dentro de seu elemento, os participantes do elemento água, ficaram com AKSOBHIA, para combaterem o veneno da raiva, ódio criação de ódio.
            Os do elemento terra se posicionaram no ponto marcado para RATNASAMBHAVA para combaterem o veneno do orgulho espiritual intelectual e humano.
            Os do elemento fogo tomaram posição junto ao ponto de AMITABHA, para combaterem o veneno das paixões e todos os desejos ganância, gula e luxúria.
            Os do elemento ar, ficaram ao norte, no ponto de AMOGHASIDHI, para darem combate ao veneno da inveja e do ciúme.
            VAIROCHANA, que marca seu ponto no centro do circulo combate o veneno da ignorância.
Ate aqui, cinco mandalas foram percorridas, estamos na metade do percurso e vibração continua boa. A próxima etapa é destinada aos elementais. Zaratustra que viveu muitos anos entre eles, os chamava de “enteais”. O local reservado para eles fica entre as árvores tem alguns bancos como esses que se encontram em praças...aqui tudo foi feito de uma forma confortável, sentados visualizamos o elemental do corpo envolto num ovóide de chama rosa de amor divino, pronto a se levantar e exercer domínio completo sobre toda imperfeição que se manifeste no corpo físico.
            A vida elemental dos reinos do fogo, do ar, da água e da terra, vibram nesta mandala pelo poder magnético do fogo sagrado investido no decreto ao amado Cyclopea.
            O grupo se movimenta em direção ao local da fogueira... Esta é a mandala do Mestre Zaratustra, Hierofante deste Sítio, e ele nos diz em seu mantra: Até que todos por amor se unam.
            Medito em suas palavras...Vejo o rosto de cada participante desta jornada...bem lá no fundo da para ver todos estão radiantes...todos mostram um rosto amigo...
            Nenhuma crítica ...nenhum julgamento, tem acesso a esses buscadores.
            A luz de suas faces brilha, e todos mostram  alegria. Nada nos perturba.
            Nos mantras repetido de forma dinâmica junto ao local do fogo sagrado de Zaratustra, encontramos a medida eficaz para a cura de nossos males. Aqui estabelecemos um pilar que se estende da terra ao céu. Ele sustenta o mundo todo, pela aprimoração que se expande.
            Assim concluímos esta etapa, junto a fogueira e seguimos rumo ascendente até o local marcado para a construção da pirâmide. Neste local se tem uma visão abrangente e circundante que convida os integrantes desta caminhada a se encherem de todos os tipos de emanações superiores e com isso recompensar os que se purificam e sobem cada vez mais alto.
            A vibração que se expande, é cada vez mais forte. Ao amado Cyclopea pedimos orientação Divina.
            Cada um dos 48 participantes desta caminhada tem sua forma de relatar as diferentes provas experienciadas sem poder com palavras expressas o que é. Cada ser tem sua própria experiência , deixemos que se estenda sobre todos, não desprezando nem destruindo nenhuma delas.
            Ao amado cyclopea, pedimos: Visão da Perfeição. Que nossas palavras produzam somente o bem.
            Junto aos sete Poderosos Elohim... “pedimos o poder para que possamos ensinar os outros uma relação pessoal com Deus, que é seu direito divino nato”.
            Concluída nossa jornada de trabalho, fizemos o selamento colocando a disposição do Amado Zaratustra as energias produzidas neste encontro para que sejam usadas de acordo com a vontade de Deus...agradecemos a todos os que chamados foram e que aqui compareceram.

IRICY LOPES FRANCO



quinta-feira, 30 de maio de 2013

Estrela Flamejante de Cinco Pontas


Introdução à Construção Cabalística da Estrela de Cinco Pontas


            A Estrela Flamejante de cinco pontas representa o Homem bem plantado sobre seus pés e que trabalha com suas mãos, cuja inteligência, iluminação e lucidez orientam e determinam seus atos manifestando-se em Bondade, Justiça, Amor, Sabedoria e Verdade.
            A Estrela Flamejante é o Espírito de Deus no homem dominando os cinco elementos: Terra, Fogo, Ar, Água e Éter; o símbolo de Adam-Kadmon que é Jesus o filho do Homem- o Homem idealizado antes de sua queda no Édem.


            Na Estrela Flamejante está a Cruz que divide o círculo em quatro partes iguais. Assim, os símbolos religiosos revelados através das Eras são permanentes na natureza e na humanidade que é a vida do próprio Deus manifestado progressivamente.
            Esta Estrela foi construída concretamente na montanha de Zaratustra, assim chamada – Estrada das Antenas, em Ósorio, Rio Grande do Sul, Brasil, no Sítio de Zaratustra, a qual tem cabalisticamente : 7m e 20cm de uma ponta à outra da estrela, fechando-se no círculo.
            Estes números 7,2, formam cabalisticamente com os 72 Gênios ou Anjos que presidem as 72 divisões do céu.
            Isto nos dá: 360° divididos por 72 que é igual a 5.
7,2 da medida, mais 72 anjos, mais 72 divisões do céu mais 5 que é a divisão do círculo, é igual a 7+2+7+2+7+2+5= 32. Estes são os caminhos que recebem a proteção dos anjos e coincidentemente os 7,20 metros da estrela com 72 anjos, nos dão a soma de 144 que é o mesmo número dos sacerdotes da Ordem de Melquizedec e que vibram em todas as pontas da estrela.

As cinco divindades já foram reveladas no livro dos Budistas :

a)    O Anjo gênio de 5 de janeiro do signo de Capricórnio – Terra que é protegido pelo Deus Anunbis dos Egípcios, guardião dos desencarnados, é responsável em            “ pesar “ as almas na balança da verdade, se integra ao pensamento da Grande Fraternidade Branca de Capricórnio que faz cumprir todo o carma. Este cargo de ação e vida de cada pessoa na Terra, na Índia é conhecido com Sainthru. A riqueza material vem do Norte.





b)    O Anjo Gênio de 19 de março do Signo de Peixes – Eter é protegido pela Deusa Sekhmet a qual destrói todas as forças do mal e se integra na Grande Fraternidade Branca pela Deusa Kali, destruidora feroz do mal.
Ao leste da ponta da Estrela se realiza a destruição dos sentimentos das emoções cujos Mestres da Grande Fraternidade Branca nos dão nesta Era a dispensação do resgate de 1% de todo carma emocional, o campo mais difícil de conquistar mestria.


            Deusa Sekhmet                                      Deusa Kali

c)    O Anjo Gênio de 31 de maio do digno de Gêmeos – Ar, é protegido por tot, o senhor da palavra e controle das sílfides, manifestando-se na Grande Fraternidade Branca, como Sanat- Kumara – Eu Sou o que Eu Sou – no seu Fiat Criador.
A Sudeste da ponta da estrela, se perscruta os Místérios da Árvore da Vida, a cabala, os cinco sentidos internos do homem.
                                                                                

 
d)    O Anjo Gênio de 12 de agosto do signo de Leão – Fogo, que é protegido pelo Deus Rá dos egípcios, surgiu na forma de Ave Fenix, coroada com um olho em forma de serpente responsável pelas salamandras . Integra-se na Grande Fraternidade Branca pela ação do Elohim Cyclopea, toda a energia renovadora pela Chama da Sabedoria pela ponta Sudoeste.

    

e)    O Anjo Gênio de 24 de outubro é protegido por Osíris, no signo de Escorpião  - Água, o Deus da renovação e que se integra na Grande Fraternidade Branca como Maha-choan cujo Espírito Santo renova todas as coisas.



Na ponta Oeste da Estrela integra-se a Grande Fraternidade Branca também, com Zaratustra , cujo o cajado outorga a autoridade do equilíbrio.
Os cinco budas Diany, estão na mensagem das cinco pontas da Estrela.

Eles fornecem em cada ponta da Estrela a sabedoria para combater os cinco venenos por meio do fogo sagrado consumidor: A ignorância; a raiva; o orgulho; as paixões e a inveja.
Nos caminhos, encontram-se dificuldades que são contornadas pelos Mantras. Eles tornam os deslocamentos rumo à perfeição, mais suave e as vezes, com um perfume delicado.
Orquídeas raras, de grande beleza, nos são oferecidas como prêmio à nossa dedicação.
Mais Mantras em agradecimento à Luz que iluminou esta interpretação são lhes oferecido

“ Vida do Eu Sou, direção divina,
Que a tua luz da Verdade irrompa em mim !
Concentra aqui toda a perfeição de Deus,
Liberta-me de toda a discórdia!
Une-me e mantém-me sempre unido
À justiça do teu plano –
EU SOU  a Presença da perfeição
Vivendo a vida de Deus no Homem ! “ 3x

Os Elementais que Integram as pontas da Estrela

- Ao Norte – Terra – Gnomos;
- Ao Leste – Éter – incenso aromatizado de preferência pessoal
- Ao Sudeste – Sílfides ;
- Ao Sudoeste – Salamandras;
- Ao Oeste – Ondinas.


            O serviço criado da Estrela Flamejante de cinco pontas, destina-se a completar a ação dos sete raios, integrando ao do Relógio Cósmico e o do serviço aos cinco Budas Diani, a pedido dos Mestres Ascensos nos ditados recentes de 1997 e Ano Novo de 1998, onde nos convidam a estudar a Cabala como nossa raiz e base espiritual integrando-se nela os estudos da Grande Fraternidade Branca.

Postado em 30 de Maio de 2013 por:  Irici Felipe Borges Franco

sexta-feira, 17 de maio de 2013

História das Religiões do Mundo - HINDUISMO

Excelente documentário introdutório sobre o Hinduísmo, extremamente didático e esclarecedor.


Dica de Leitura

Este livro tem como personagem principal o neto de Zaratustra: Ciro Spitama.

Nossa civilização ocidental erigiu-se sob uma herança grega tão intensa que, mesmo depois de vinte e cinco séculos sentimos a necessidade de revisitá-la para compormos uma compreensão de nós mesmos. E, como conseqüência de tal necessidade, muito se tem estudado e publicado com relação ao pensamento grego antigo. Do pouco que já pudemos ler, normalmente nos é apresentada uma concepção que, embora crítica, quase sempre nos aponta o lado favorável do legado grego à posteridade.
Em “Criação” (1981), Gore Vidal, 85, entre outros temas periféricos, apresenta-nos uma visão da cultura e da sociedade clássicas diferente daquela a que estamos acostumados. Para tanto, Vidal constrói uma personagem que nos conduzirá ao longo de toda a obra, confundindo a vida dela com os eventos políticos gregos, e com o diferencial de que nosso anfitrião é um persa e crítico feroz de tudo que seja helênico. Seu nome é Ciro Espítama e, como primeiro fator interessante, Vidal o introduz no romance como neto de Zoroastro, o profeta persa que vivera no século VII a.C., também conhecido por Zaratustra. Tal parentesco, dentro da trama, irá render-lhe acesso à corte persa, possibilitando o convívio com os quatro grandes reis: quando criança, conheceu Ciro e suas histórias sobre a expansão do Império; em sua juventude, serviu e admirou Dário; quando adolescente e jovem adulto, desfrutou da amizade de Xerxes; já na velhice, representou Artaxerxes junto aos atenienses, sendo seu embaixador.
O autor utiliza de outro laço de sangue para construir a narrativa e nos transporta para o século V a.C.: Ciro Espítama narra a história de sua vida, que resulta no próprio livro, a um sobrinho que tinha por conta de sua ascendência materna grega, sendo este ninguém menos que Demócrito de Abdera (460 – 370 a.C.), o filósofo pré-socrático entusiasta da teoria atômica. Após ouvir por mais de seis horas o discurso de “[...] um pretenso historiador [...]” chamado Heródoto de Halicarnasso (485? – 420 a.C) sobre o conflito “[...] a que os gregos costumam chamar de ‘Guerras Persas’ [...]”, Ciro, já velho e cego e, sobretudo, irritado pela versão que acabara de ouvir, inicia ao seu sobrinho, que atentamente toma nota, o relato da faceta persa dos acontecimentos aos quais chamou de “[...] as guerras gregas [...]”. (p. 15). E essa será a atividade construtora da leitura que nos é oferecida pelo romance: o sobrinho Demócrito anotando as memórias de um persa que, invariavelmente, afronta a versão grega sobre fatos históricos dos quais participou ou pode presenciar.
Além de podermos apreciar, pela versão oriental, a história político-militar que opôs gregos a persas, o tema condutor da obra e, consequentemente, da vida de Ciro Espítama é o desejo do protagonista de conhecer as hipóteses dadas por diversas culturas sobre a criação. Divulgador do pensamento monoteísta do Sábio Senhor zoroastriano, Ciro era “[...] um crente, claro. Mas não [...] um fanático [...]”, e sendo possuidor de mente aberta ao que lhe fosse externo, ele percorre uma boa parte do Oriente antigo a serviço dos reis persas, absorvendo, entre o trabalho de promover o comércio com os povos locais, a cultura que se lhe fosse apresentada pelas pessoas que ia conhecendo. (Cf. p. 56). Assim, Vidal, por meio de seu personagem principal, faz-nos conhecer os princípios básicos do Hinduísmo, quando da passagem de Ciro pelos reinos independentes que hoje compõem a Índia. De forma análoga, o autor nos apresenta as filosofias de vida budista e taoísta, ao colocar o neto de Zoroastro em contato com os povos do Cathai, atual China. Interessante, também, é ler as linhas que descrevem o encontro, e o relacionamento que se sucede a ele, entre Ciro e o mestre Confúcio (551 a.C – 479 a.C), além dos fragmentos de ideias de outros pensadores relevantes da época.
Em determinado momento da narrativa, abordando o assunto da criação, Demócrito chega a perguntar ao seu tio “[...] qual das teorias foi a mais curiosa [...]” por ele ouvida. Como resposta, Ciro afirma-lhe uma que dizia “[...]que nunca houve criação, que nós não existimos, que tudo isto é um sonho [...]”, sendo o sonhador “[...] aquele que desperta e lembra [...]”. (p. 212)
O livro mostra-nos, também, como um olhar externo a uma dada cultura pode desvelar a arte da manutenção de privilégios tidos como condição natural, por quem nela está imerso, como nos parágrafos em que o jovem protagonista, na companhia do então príncipe Xerxes, visita os templos da Babilônia, que à época era uma satrapia do Império, e desmascara a prática dos sacerdotes que, ao se fazerem passar por encarnações de deuses em rituais ditos sagrados, aproveitavam para desvirginar jovens nos templos em honra a estes, segundo Vidal. Xerxes, acompanhado por Ciro, curioso por se inteirar da cultura local, mas mantendo o olhar crítico do estrangeiro, afirma ao administrador do templo de Bel-Marduk, em meio aos olhares perplexos dos guardiões, que naquela noite iria “[...] realizar essa tarefa por um de seus sacerdotes [...]”. Quando o administrador lhe nega o direito dizendo que ele não era um sacerdote, que somente por um sacerdote o deus poderia se fazer presente, o príncipe persa afirma que “[...] posso fazer de conta que sou Bel-Marduk tão bem quanto qualquer sacerdote [...]” e que, ao se considerar que ele era o herdeiro do reino, o costume facultaria uma exceção. (Cf. p. 137). Evidenciam-se nesta passagem, a força dos costumes, mas, também, a sua flexibilidade perante os interesses do poder político ao qual servem.
Aproveitando-se da grande extensão territorial na qual se constituía o Império Persa no século V a.C., e, por conseqüência, da diversidade cultural que ele mantinha sobre seu julgo, Gore Vidal nos apresenta um pouco dos costumes dos vários povos que deviam obediência aos reis persas. Ao exemplo da personagem principal, que compara tudo o que lhe seja novo a sua crença interior, Criação nos inspira à prática deste olhar crítico, sugerindo-nos que tenhamos a nós mesmos por objeto primeiro desta análise singular.  Visitar as quase oitocentas páginas que compõem a obra, buscando a cada instante distinguir os fatos históricos dos excessos poéticos presentes na narrativa é um exercício tão intelectualmente profícuo quanto prazeroso.
Luciano Alberto Ventura
RETIRADO  DO  LINK: http://www.institutohypnos.org.br/?p=1789  

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

OS CINCO BUDAS DHYANI - O Sendeiro das Cinco Sabedorias




Ensinamentos budistas tibetanos sobre a Mandala dos Cinco Budas Dhyani - Guias para a Transformação Espiritual. Simultaneamente um diagrama cósmico do mundo, um instrumento para o crescimento espiritual e para a experiência mística, e um mapa para a iluminação.

Os Cinco Budas Dhyani: Guias para a Transformação Espiritual



Os Cinco Budas Dhyani são: Vairochana, Akshobya, Ratnasambhava, Amitabha e Amoghasiddhi.

Os budistas tibetanos acreditam que o Adi-Buda, o ser primordial e o mais elevado, criou os Budas Dhyani pelos seus poderes meditativos.
Os Cinco Budas Dhyani são Budas celestiais, visualizados durante meditações. A palavra Dhyani é derivada do Sânscrito Dhyana, significando "meditação". Os Budas Dhyani são também chamados Jinas ( "Vitoriosos" ou "Conquistadores") e são considerados grandes curadores da mente e da alma. Não são figuras históricas, como Gautama Buda, mas seres transcendentes que simbolizam os princípios ou forças universais divinas. Eles representam vários aspectos da consciência iluminada e são guias para a transformação espiritual.
Cada Buda Dhyani é associado a certos atributos e símbolos. Cada um incorpora uma das cinco sabedorias, antídotos dos cinco venenos mortais que são de extremo perigo para o progresso espiritual do homem e o mantém preso à existência terrena. Os budistas ensinam que os Budas Dhyani são capazes de transmutar os cinco venenos em suas sabedorias transcendentes. O Livro Tibetano dos Mortos recomenda que o devoto medite nos Budas Dhyani de modo que suas sabedorias substituam as forças negativas que ele permitiu se desenvolver internamente.

Cada Buda governa uma das direções espaciais ou um dos reinos cósmicos: éter, água, terra, fogo e ar. Os Budas Dhyani também personificam os cinco skandhas, componentes que integram a existência cósmica e também a personalidade humana. Esses componentes são: consciência, forma, sentimento, percepção e volição.
Adicionalmente, cada Buda Dhyani é associado a uma cor específica, a um mudra (gesto de mão), a um animal simbólico que sustenta seu trono, a um símbolo sagrado e a um bija (sílaba semente). O bija representa a essência do Buda Dhyani. Pode ser usado com a sílaba sagrada OM e com o nome do Buda para criar mantra, uma série de sílabas místicas que tem um significado esotérico. No Hinduísmo e no Budismo, os discípulos recitam mantras para evocar o poder e a presença do ser divino. Em algumas tradições, os devotos usam mantras na meditação, para ajudá-los a ser um com a deidade que estão invocando.

"Repetindo o mantra e assumindo o mudra de um dos Budas", escreve um monge budista e professor Sangharakshita, "não apenas se pode colocar em correspondência ou alinhamento com essa ordem particular de realidade que ele personifica, como também, ser infundido com seu poder transcendental.."1



Mandalas: Mapas para a União Mística


Os budistas frequentemente retratam os Budas Dhyani numa mandala. Mandala é uma palavra sânscrita que significa "círculo", traduzido em textos tibetanos como "centro" ou "o que cerca". Alguns dizem que a palavra deriva de manda, significando "essência". A mandala, um círculo, denota a totalidade, a completude e a perfeição da budicidade. A mandala é também um "círculo de amigos" - uma reunião de Budas. Tradicionalmente, mandalas eram pintadas em thangkas (pintura em pergaminho de seda), desenhadas com areia colorida, representadas por pilhas de arroz ou construídas tridimensionalmente, frequentemente com metal fundido.
Um Buda Dhyani é posicionado no centro, bem como em cada ponto cardeal da mandala.

Mandalas eram originalmente compostas no chão em frente do meditador e, portanto, orientadas em direção à pessoa que as está contemplando. O ponto mais próximo do contemplador, na base da mandala, é o Leste. A mandala continua em sentido horário, seguindo o curso do Sol, com o Sul à esquerda do contemplador, Oeste no topo e o Norte à direita. Lama Anagarika Govinda, um dos intérpretes pioneiros do Budismo Tibetano para o Ocidente, explica:

"Da mesma forma que o Sol se ergue do Leste e, portanto, começa o dia, o praticante entra na mandala através da porta oriental, a porta em frente à qual está sentado.”2


A mandala é um espaço sagrado e consagrado, onde nenhum obstáculo, impureza ou influência dispersiva existe. Os budistas usam mandalas para ajudá-los na meditação e visualização.

"Todas as mandalas", escreveu o tibetólogo Detlef Lauf, "originaram-se das sílabas-sementes ou bijas-mantras das deidades. Durante a meditação sobre esses mantras, uma radiância elemental de luz se desenvolve, de onde sai a imagem dos Budas"3 . Mandalas são ricas em simbolismo. As séries de círculos na periferia da mandala simbolizam proteção contra influências externas. O círculo mais externo das chamas significa o conhecimento que destrói a ignorância ou simboliza o mundo dos fenômenos que o devoto abandona, assim que ele entra na mandala. As chamas podem também representar a Montanha de Fogo que proíbe o não-iniciado de receber os mistérios. O anel das pétalas do lótus dentro do círculo de fogo significa o mundo espiritual, o renascimento espiritual, o desabrochar da visão espiritual ou a pureza do coração que é necessária para a efetiva meditação.
A parte central da mandala (representada pelo quadrado dentro do círculo) simboliza o palácio ou o templo, com quatro portões nos quatro pontos cardeais. Fora das paredes do palácio, há símbolos propícios e vitoriosos. Nessa mandala, cada portão é orlado por um estandarte de vitória e um precioso pára-sol (ou guarda-chuva). Há dois dos oito Símbolos Auspiciosos que comemoram os dons que Gautama Buda recebeu, após ter alcançado a iluminação. Os budistas acreditam que esses oito símbolos trazem boa fortuna. O estandarte de vitória simboliza a vitória da espiritualidade ou a vitória do corpo, mente e fala sobre todos os obstáculos. O pára-sol simboliza a dignidade real e a proteção contra os obstáculos, prejuízos e o mal.


Os quatro portões do palácio conduzem para o círculo mais interno, o foco da mandala. "Mandalas aparecem como círculos ao redor do centro sagrado", escreve os autores Blanche Olschak e Geshe Thupten Wangyal. "Essas representações são a planta das residências celestiais do visionário, em cujo centro está manifestado o poder sagrado que deve ser invocado. Toda a mandala é uma fortaleza construída ao redor dessa força búdica"4. Em sua meditação, o discípulo concentra o foco no centro da mandala até que, finalmente, possa integrar-se com o poderoso núcleo.



O discípulo usa a mandala para encontrar seus elementos dentro de si mesmo. "Assim que ele entra na mandala, "escreve o historiador religioso Mircea Eliade, "encontra-se num espaço sagrado, fora do tempo; os deuses já desceram dentro da ... insígnias. Uma série de meditações, para as quais o discípulo tem sido preparado, antecipadamente, ajuda-o a encontrar os deuses em seu próprio coração. Numa visão, enxerga-os todos emergindo e saltando de seu coração, preenchendo o espaço cósmico para, então, serem reabsorvidos... Entrando mentalmente na mandala, o yogin aproxima-se de seu próprio 'centro'. O yogin, começando com este suporte iconográfico, pode encontrar a mandala em seu próprio corpo".5

Portanto, com todos esse simbolismos, a mandala não é mera imagem externa do poder celestial. Os Budistas acreditam que uma mandala é um receptáculo do poder sagrado que ele retrata. O propósito de cada uma das imagens simbólicas é ajudar o meditador a realizar o poder divino dentro de si e a alcançar sua própria perfeição interna.


"Toda a parte externa da mandala é um modelo desse padrão espiritual que o meditador vê em seu interior e que ele deve empenhar-se em experimentar em sua própria consciência", diz Lauf. " Os Budas [Dhyani] são vistos como seres cujas atividades se manifestarão por si só, através do próprio homem. A mandala, portanto, torna-se um plano cósmico no qual o homem e o mundo são ordenados e estruturados similarmente. Os Budas da meditação apenas desenvolvem suas atividades benéficas, na medida em que o iniciado é bem sucedido em reconhecer e realizar essas características e forças simbolizadas, dentro de si."6



Conforme o renomado orientalista Giuseppe Tucci explica: "Os cinco Budas não permanecem em formas divinas remotas em céus distantes, mas descem entre nós. Eu sou o Cosmos e os Budas estão em mim. Em mim, está a luz cósmica, a misteriosa presença, mesmo que ela esteja obscurecida pelo erro. Mas esses cinco Budas Dhyani, entretanto, estão em mim, eles são os cinco constituintes da Personalidade humana."7

O Dalai Lama ensina: "Mandala, em geral, significa aquilo que extrai a essência... O principal significado da mandala é para se entrar no interior da mandala e extrair a essência, no sentido de receber bênçãos. É um lugar para obtenção da magnificência."8



Para o discípulo que sabe como usá-la, a mandala é, portanto, um mapa dos passos progressivos da autotransformação e da união mística. Representa o crescimento da semente da budicidade dentro de si. "O meditador", diz Lama Govinda, "deve imaginar-se no centro da mandala como a personificação da figura divina da perfeita budicidade". E essa budicidade, diz ele: "somente pode ser encontrada na realização de todas aquelas qualidades que , conquistadas no total , formam a riqueza da mandala".9

Essa litografia é baseada nas tradicionais mandalas budistas tibetanas. As imagens dos Cinco Budas Dhyani são fotografias dos refinados entalhes de estátuas tibetanas e nepalesas, esculpidas entre os séculos XIII e os primórdios do XV, quando as representações desses Budas eram populares. Pelo fato de serem seres celestiais e não-históricos, os Budas Dhyani são mais frequentemente representados com joias e uma coroa que em simples mantos de um Buda.


Para o tibetano, criar um trabalho de arte é um ato religioso. Nesse estágio, o artista, um monge ou lama oferece certas preces e rituais. Ele frequentemente coloca pergaminhos de textos religiosos, oferendas votivas e grãos dentro das estátuas. Quando o trabalho é completado, o monge ou lama realiza a cerimônia de consagração.



Os tibetanos usam a arte como um método de trazer o céu para a terra e elevar o homem além das fronteiras terrestres, para o reino da paz e da harmonia. Eles acreditam que a estátua de um Buda, por exemplo, é a presença viva daquele Buda, que se torna um com o seu ícone.



Como em outras obras de arte tibetana, as figuras descritas aqui exprimem elegância e também poder. Essa é a singular característica, charme e missão da arte sagrada tibetana. O real se une ao transcendente. Graça e pureza são fundidos com vitalidade e poder. Detalhe cuidadoso e precisão se unem com espontaneidade. O resultado é que, por esse instrumento, o outro mundo e a perfeição dos reinos iluminados se aproximam, inspirando o observador a realizar o seu próprio potencial divino.



VAIROCHANA



O nome Vairochana significa "Aquele que é Como o Sol" ou "O Radiante". Vairochana representa tanto a integração como a origem dos Budas Dhyani. Sua sabedoria é a Sabedoria do Dharmadhatu. O Dharmadhatu é o Reino da Verdade, onde todas as coisas existem como realmente são. A sabedoria de Vairochana é também referida como a Sabedoria Todo-Penetrante do Dharmakaya. O Dharmakaya é o Corpo da Lei, ou a natureza búdica absoluta.


A sabedoria transcendente de Vairochana revela o reino da mais elevada realidade e domina o veneno da ignorância ou da desilusão. Sua sabedoria é considerada a origem ou o total de todas as sabedorias dos Budas Dhyani.



Vairochana é, usualmente, localizado no centro da mandala dos Budas Dhyani. De acordo com alguns textos, ele se posiciona a Leste. Sua cor é branca (ou azul), simbolizando a consciência pura. Ele governa sobre o elemento éter e incorpora o skandha da consciência. Em alguns sistemas, é associado com o skandha da forma.



Seu símbolo é dharmachakra, a Roda do Ensinamento ou a Roda da Lei. Denota o ensinamento do Buda. Seus oito raios representam as Oito Nobres Sendas que Gautama revelou em seu primeiro sermão, após a iluminação. Esse símbolo é impresso em toda a margem da litografia. O trono de lótus de Vairochana é sustentado por um leão, símbolo da coragem, ousadia e um espírito zeloso, impetuoso e avançado.



O mudra de Vairochana é o mudra do dharmachakra, o gesto de girar a Roda do Ensinamento. Por ele personificar a sabedoria de todos os Budas, o bija de Vairochana é o som universal Om. Seu mantra é: Om Vairochana Om.



dharmachakra


AKSHOBHYA





O nome Akshobya significa "Imutável" ou "Inabalável". A Sabedoria que reflete todas as coisas, calmamente e sem crítica, como num espelho, revelando a verdadeira natureza. Um texto diz: "Exatamente como se vê o próprio reflexo no espelho, assim o Dharmakaya é visto no Espelho da Sabedoria." 10 A Sabedoria Semelhante ao Espelho é o antídoto dos venenos do ódio e da raiva.


Na mandala dos Cinco Budas Dhyani, Akshobya é usualmente posicionado a Leste (que é na base) mas, às vezes, é colocado no centro. Sua cor é azul. Ele governa sobre o elemento água e personifica o skandha da forma. Em alguns sistemas, ele é associado com o skandha da consciência. O trono de lótus de Akshobya é sustentado por um elefante, símbolo de firmeza e força.



Seu símbolo é o vajra, também chamado de raio com trovão ou cetro de diamante, representado nesta mandala, acima de sua cabeça, diretamente abaixo de Vairochana. O vajra denota iluminação, a indestrutível, adamantina natureza da pura consciência, ou a essência da Realidade. Em algumas tradições, o vajra significa a união do homem com o Buda; uma extremidade do vajra simboliza o reino macrocósmico do Buda e a outra extremidade o reino microcósmico do homem.



O mudra de Akshobya mostrado aqui, e produzido pela sua mão direita , é o bhumisparsha mudra, o gesto de tocar o chão. Denota o estado inabalável. Esse é o mudra que Gautama usou para chamar a Terra, quando desafiado pelo Mal, Mara, para que testemunhasse o seu direito de atingir a iluminação.

O paraíso de Akshobya é Abhirati, a Terra de Extraordinário Grande Deleite. Os budistas acreditam que qualquer um que lá renasça, não cai a um nível inferior de consciência. O bija de Akshobya é Hum e o seu mantra é: Om Akshobya Hum.

VAJRA


RATNASAMBHAVA




O nome Ratnasambhava significa "A Joia Nascida Una" ou "Origem das Joias". As Três Joias são o Buda, o Dharma e a Sangha. O Buda é o Iluminado, o Guru, o centro da roda da Lei. O Dharma é o Ensinamento, ou a Lei. A Sangha é a Comunidade.

Ratnasambhava transmuta o veneno do orgulho (espiritual, intelectual e humano) em Sabedoria da Equanimidade. Os Budistas tibetanos ensinam que, com a Sabedoria da Equanimidade, todas as coisas são vistas com imparcialidade divina, reconhecendo-se a igualdade divina em todos os seres e vendo-se todos os seres e o Buda como tendo a mesma natureza - a condição de que precisamos, diz Tucci, "para estimular a nossa ascensão espiritual e para adquirir confiança para realizar, em nós, o estado de Buda."11


Ratnasambhava é o Buda Dhyani do Sul. Sua cor é amarela, a cor do Sol em seu zênite. Ratnasambhava governa sobre o elemento terra e corporifica o skandha do sentimento ou da sensação.

Às vezes, ele é mostrado segurando seu símbolo, o ratna (jóia) ou chintamani (jóia da realização de desejos, que concede todos os desejos). O chintamani é um símbolo da mente libertada. O ratna é frequentemente representado numa forma trina como o triratna, significando a união do Buda, Dharma e Sangha. Na mandala, o triratna é posicionada entre Ratnasambhava e Vairochana.



O animal que sustenta o trono de Ratnasambhava é o cavalo, denotando ímpeto e libertação. O mudra de Ratnasambhava, formado aqui pela sua mão direita, é o varada mudra. É um gesto de dar, ou de caridade, que o retrata oferecendo compaixão e proteção a seus discípulos. Seu bija é Tram e seu mantra é: Om Ratnasambhava Tram.


triratna

AMITABHA







O nome Amitabha significa "Luz Infinita". A Sabedoria Discriminativa de Amitabha conquista o veneno das paixões - todos os desejos intensos, a avareza, a cobiça e a luxúria. Com esta sabedoria, o discípulo percebe todos os seres separadamente; todavia, sabe que cada ser é uma expressão individual do Um.


Na mandala dos Budas Dhyani, Amitabha é posicionado a Oeste. Sua cor é rosa (vermelha), a cor do pôr-do-sol. Ele governa sobre o elemento fogo e personifica o skandha da percepção. Portanto, o olho e a faculdade de ver são associados a Amitabha. O pavão, com "olhos" nas plumas, em seu trono-sustentador. O pavão simboliza a graça.


O símbolo de Amitabha é o padma, ou lótus, colocado entre ele e Vairochana, nessa mandala. No Budismo, o lótus pode simbolizar muitas coisas, incluindo o desenvolvimento espiritual, pureza, a verdadeira natureza dos seres realizada através da iluminação e a compaixão, a forma purificada de paixão.



Devotos aspiram renascer no Paraíso Oeste de Amitabha, conhecido como Sukhavati, onde as condições são ideais para se atingir a iluminação. Seu mudra é o mudra dhyana (meditação). Seu bija é Hrih e seu mantra é: Om Amitabha Hrih.



Alguns consideram Amitabha sinônimo de Amitayus, o Buda da Vida Infinita. Outros honram Amitayus como uma forma de Amitabha ou um Buda em separado. Amitayus é, usualmente, retratado segurando um vaso do elixir da vida imortal. Conforme mostrado na estátua , uma pequena árvore Ashoka frequentemente germina da tampa de seu vaso, representando a união do espiritual com o material.




Flor de Lótus

AMOGHASIDDHI







O nome Amoghasiddhi significa "Conquistador Todo-Poderoso" ou "Aquele que Infalivelmente Alcança Sua Meta". A Sabedoria Oni-realizante, ou a Sabedoria da Ação Perfeita, antídoto dos venenos da inveja e do ciúme. Essa sabedoria confere perseverança, julgamento infalível e ação sem falha.



Amoghasiddhi representa a realização prática da sabedoria dos outros Budas Dhyani. Ele é descrito como o Buda Dhyani da realização da Senda do Bodhisattva. Um Bodhisattva é aquele que renunciou à felicidade do Nirvana com um voto de primeiro libertar todos os seres.



Amoghasiddhi é o Buda Dhyani do Norte. Sua cor é verde, significando o Sol à meia-noite. Governa o elemento ar e corporifica o skandha da volição, também chamado o skandha dos fenômenos mentais ou tendências da mente. Seu símbolo é o vishvavajra, ou vajra duplo, representado entre Amoghasiddhi e Vairochana nessa mandala. É feito com dois vajras cruzados e simboliza a mais alta compreensão da verdade e o poder espiritual de um Buddha.



O trono de Amoghasiddhi é sustentado por garudas. Um garuda é uma figura mítica, metade homem e metade pássaro. Em relação a Amoghasiddhi, Lama Govinda diz que o garuda simboliza "o homem em transição rumo a novas dimensões de consciência... a transição do humano para o estado super-humano, que toma lugar na misteriosa escuridão da noite, invisível aos olhos. 12



O mudra de Amoghasiddhi, formado aqui pela sua mão direita, é o abhaya mudra. É o gesto do destemor e da proteção. O bija de Amoghasiddhi é Ah e seu mantra é: Om Amoghasiddhi Ah.


VISHVAVAJRA


VAJRASATTVA


Chefe de todas as deidades budistas, incorporou dentro dele as cinco sabedorias dos Budas Dhyani.









FONTES: Solange Christtine Ventura
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