A Renascença
Foi durante a Europa Renascentista entre os séculos XIV e XVI, que a sabedoria dos povos Egipicios, Gregos e Romanos retornam as discussões Filosóficas. Estes conhecimentos contribuíram para o desenvolvimento da Europa, e levaram o mundo europeu a um paradigma entre o Teocentrismo e o Antropocentrismo.
Escola de Atenas
Os pensadores da Renascença dedicam-se a retomar as idéias, os valores da antiguidade clássica em especial Grecia e Roma.
Pietá
Moisés de Michelangelo
Ocorre uma valorização da dignidade humana, da beleza estética e do conhecimento. O pensamento da Renascença tem como base as idéias humanistas, estes defendiam que era preciso observar o mundo material, criando ferramentas para que o ser humano controla-se a natureza.
O homem deveria agir, pesquisar, descobrir e principalmente acreditar em sua capacidade de transformar o mundo a sua volta e a ele mesmo.
Não estaria mais limitado aos desejos de Deus.
É o fim do teocentrismo e o início do antropocentrismo – O homem como o centro do Universo.
Diante deste contexto histórico que os interesses pelos mistérios do Egito e do conhecimento antigo do mundo Greco romano vai ganhando força.
Começa a surgir uma literatura alquimista, que surge através de seu representante mais ilustre: Paracelso.
Paracelso
Esta literatura possue uma linguagem de grande riqueza sugestiva, e pelos recursos e alegorias. O que muitas vezes torna o entendimento difícil para pessoas que não estão familiarizadas com a simbologia, existente.
A linguagem oculta com uma áurea hieroglífica, protegia esses alquimistas das perseguições da igreja católica.
A igreja e seu tribunal da inquisição, não compreendiam as experiências dos alquimistas seu trabalho interno de transformar o “metal bruto em ouro”.Muitos desses filósofos e alquimistas foram condenados pelo Santo Ofício, e morreram nas fogueiras da Inquisição.
Tribunal da Inquisição
Na Renascença o esoterismo e o misticismo andavam lado a lado com a ciência. Existia uma visão holísitica que buscava um entendimento integral e não fragmentado.
O esoterismo que nasce na renascença conciliou os princípios de diversas doutrinas:
Zoroastro
Zoroastrismo: com o retorno aos textos clássicos da Grécia, os ensinamentos de Zaratustra conhecido pelos gregos como Zoroastro começa a ser discutido no mundo cristão.
Hermes Trimegisto
O Hermetismo: Que é o estudo dos ensinamentos e da sabedoria de Hermes Trimegisto, o patriarca do misticismo da natureza e da Alquimia.
Hermes o Deus alado mensageiro dos deuses e Deus Egipcio o “três vezes altíssimo”.
Para os alquimistas da renascença era considerado o Moisés que transmitia seus conhecimentos através da Tabua de Esmeralda, e do compêndio de seus ensinamentos intitulado CABALION.
Toda experiência mística da renascença bebeu da sabedoria de Hermes Trimegisto.
Platão
O neoplatonismo foi outro princípio renascido pelos esoteristas desse período. Estes acreditavam que a perfeição Humana e a felicidade poderiam ser obtidas neste mundo, e que alguém não precisaria esperar uma pós-vida.
Perfeição e felicidade poderiam ser adquiridas pela devoção e contemplação filosófica.
Algumas das idéias neoplatonicas influenciaram o pensamento dos judeus Cabalistas da França e da Espanha.
Pitágoras
O neopitagorismo inspirado nos ensinamentos de Pitagoras, Platão e Aristoteles.
Os ensinamentos da escola pitagórica são novamente debatidos. O símbolo dos pitagóricos: O pentagrama ou estrela de cinco pontas considerado um símbolo sagrado.
Outro conhecimento místico muito estudado durante esta época foi a a Cabala Judaica, uma dos segmentos místicos do judaísmo, iniciou-se na França e em seguida foi estudada pelos judeus da península Ibérica.
A cabala estava presente no mundo europeu desde a Idade Média, em especial na Penisula Iberica Espanha e Portugal.
A magia e a alquimia, viseram parte desse mosaico de doutrinas, e princípios que abriram as portas para um conhecimento mais holístico e completo sobre o Homem e o Universo.
Toda essa sabedoria que os Homens da Renascença estavam descobrindo, prejudicava completamente os dogmas da Igreja Católica, que durante toda Idade Méida centralizou o conhecimento, e nos séculos XIV e XVI viu florescer o que haviam escondido.
Todo esses ensinamentos e sabedorias foram marginalizados e seus pensadores foram perseguidos e considerados feiticeiros, bruxos e magos.
Os alquimistas foram acusados, de trazerem para o mundo cristão o paganismo. Aos poucos esta sabedoria voltou a ser oculta e cheia de mistérios e segredos para se ter acesso.
Com o iluminismo durante o século XVIII, conhecido como a era da razão, as doutrinas e conhecimentos esotéricos e místicos foram colocados a margem da ciência.
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